sábado, 13 de agosto de 2011

In.


É noite de sábado no interior de São Paulo. Posso ouvir daqui (o quarto) o som dos carros partindo. O relógio dita as horas em um tic-tac lento. Passaram-se semanas desde o fim. Ainda dói, na verdade acho que dói mais. Durante esses dias busquei a companhia de pessoas frustradas como eu. Infelizes! Faz meses que não escrevo, ando fugindo de mim mesma. Buscando soluções em copos e tragos na madrugada. Semana passada sai por aí todos os dias, saía ao entardecer voltava com o sol raiando. Beijei desconhecidos, sem juras de amor de eterno.  Sobrevivi a noites frias dançando em mesas, ruas e becos. Barlarina. No fundo eu estava infeliz pra caralho. Agora só ouço o tic-tac calmo do relógio. Você não está aqui, não está dentro, nem fora. Simplesmente não está. Estou no interior, buscando meu interior. Olhando pra mim. Misturando poesia e cachaça. Tô cada vez mais in. Por que chega um momento da sua vida que você tem que escolher entre ser a primeira opção ou não ser porra nenhuma. Eu escolhi não ser porra nenhuma. Se é o certo, ainda não sei, mas tenho andado com o coração tranquilo.

Dá pra acreditar?

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